Um coro polifónico e intermunicipal composto por vozes da comunidade dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), juntas num espetáculo único de criação coletiva e colaborativa, com apresentação marcada a 11 de novembro, pelas 21h30, no Pavilhão Multiusos de Paredes. Arouca faz-se representar neste projeto com 27 pessoas oriundas das Cantadeiras de Adaúfe, das Cantadeiras de Souto Redondo, da Casa do Povo de Arouca e das Cantadeiras do Grupo Cultural, Recreativo e Desportivo de Santa Maria do Monte.
Depois de, em 2021, o projeto Cor(p)o Metropolitano ter levado a cabo 17 residências artísticas que culminaram com a apresentação de 17 espetáculos únicos em cada um dos municípios que compõem a Área Metropolitana do Porto, em 2022, o Cor(p)o Metropolitano apresentou-se pela primeira vez de forma conjunta numa estreia surpreendente, que levou até ao município de Espinho um espetáculo “olhar-viagem” pelos territórios e pela memória coletiva da Área Metropolitana do Porto.
Nas edições de 2021 e 2022, o Cor(p)o Metropolitano desenvolveu o seu trabalho a partir de uma reflexão sobre o património material e imaterial, os lugares do seu lugar. Em 2023, é o olhar deste Corpo sobre si mesmo e sobre as partes que lhe dão forma, que serve de mote a esta nova criação artística em comunidade.
Nas palavras do Presidente do Conselho Metropolitano do Porto, “este é um projeto que aponta a direção que queremos continuar a seguir, por caminhos rasgados a várias mãos, rumo a futuros plurais, diversos, inclusivos e abertos, onde todas as vozes se podem fazer ouvir e, mesmo em dissonância, ser coro”. Eduardo Vítor Rodrigues acrescenta ainda que “o Cor(p)o Metropolitano é mais que um grande coro: é uma viagem ao território conduzida pelos rostos e pelas vozes de muitos dos que nele habitam, uma verdadeira odisseia renovada a cada edição, a cada processo de trabalho, a cada convocatória, sem que a memória e a identidade dos lugares e de cada comunidade sejam, em todos os momentos, revisitadas, redescobertas ou celebradas – em palco e fora dele”.
O Cor(p)o Metropolitano é constituído por mais de 500 vozes, dos 7 aos 89 anos, oriundas dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, reunidas a partir de uma convocatória aberta que registou, em 2023, um número recorde de inscrições. Um Cor(p)o de pessoas, que a cantar nasceu, cresce e quer viver. Um projeto alimentado pela dedicação e pelo compromisso de todos os seus intervenientes – participantes, equipas técnicas e artísticas.
Este projeto é desenvolvido sob a chancela MATER 17, a marca da ação cultural da AMP que abriu espaço, em cada município e na esfera metropolitana, a um trabalho colaborativo entre autarcas, técnicos, agentes culturais e membros de cada comunidade. É também um dos muitos resultados do compromisso da AMP com a cultura, refletindo princípios da Carta Metropolitana para a Cultura 2023-2028, nomeadamente os que incidem no investimento, no estímulo e na promoção da criação artística como fator de participação, inclusão e acessibilidade.
Através de sessões exploratórias de criação, o processo de trabalho iniciado em abril de 2023 conta com a direção musical de Ana Bento, André No, Beatriz Rola, Daniela Castro, Inês Lapa, José Figueiredo, Inês Luzio, Miguel Fernandes, Patrícia Lestre, Rita Campos Costa, Rui Souza, Sara Yasmine e Sofia Portugal. A direção artística do espetáculo está a cargo do coletivo formado por Ana Bento, Miguel Fernandes, Mauro Rodrigues, Rita Campos Costa e Sara Yasmine. Já a coordenação geral do projeto e da iniciativa MATER 17 cabe a Ana Paula Abreu e José Marques Moreira.
O Cor(p)o Metropolitano sobe ao palco do Pavilhão Multiusos de Paredes dia 11 de novembro, às 21h30. O espetáculo é de entrada livre, sujeito à lotação do espaço.