O Município de Arouca adquiriu material para produzir cerca de 20 mil máscaras reutilizáveis de uso social (máscaras comunitárias) com o objetivo de distribuir as mesmas pela comunidade. A produção está a cargo de empresas locais do calçado que, estando em regime de layoff, se estão a adaptar a este novo processo de fabrico e a procurar criar os primeiros modelos para certificarem junto do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (CITEVE) e assim obterem o Selo “Máscaras – COVID-19 Aprovado”.
Com esta ação, o município pretende igualmente estimular as empresas arouquenses a adquirir conhecimento para produção e comercialização de material de proteção no âmbito da COVID-19, nomeadamente máscaras reutilizáveis, batas, cogulas e cobre botas.
Neste âmbito, a presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, o presidente da AECA -Associação Empresarial de Cambra e Arouca, Carlos Brandão, e o delegado de saúde local, Ilídio Leão, visitaram, sexta-feira, a RODAMA, uma das empresas envolvidas no processo de produção das máscaras reutilizáveis.
A iniciativa é do Município de Arouca e conta com o envolvimento da autoridade local de saúde e da AECA.
“Estamos já a preparar a retoma gradual da atividade, pelo que é fundamental que os arouquenses tenham acesso a um dos produtos mais utilizados – as máscaras e cujo uso está recomendado para fins sociais”, afirmou Margarida Belém, acrescentando: “esta é também uma forma de podermos apoiar as empresas locais, neste caso, do calçado, que após um início do ano difícil estavam a recuperar e, em virtude da pandemia, se viram, de novo em dificuldades”.
Encontrando-se atualmente a definir um conjunto de incentivos à economia local, fortemente afetada pela atual situação de emergência pública, e com o intuito de obter informação mais fidedigna dos impactos económicos da pandemia a nível local e, por outro, recolher sugestões do setor empresarial e da comunidade empregadora de Arouca sobre medidas económicas e outras a adotar, a Câmara Municipal de Arouca, em parceria com a AECA, está ainda levar a cabo um inquérito online – https://forms.gle/EJdo6D9Aj3jjrHNF9. Até ao momento, já foram recebidas 47 respostas. O prazo para preenchimento termina a 29 de abril.
Empresas arouquenses na produção de equipamentos de proteção da COVID-19
São 4 as empresas arouquenses do setor do calçado que aceitaram o desafio lançado pelo Município e atualmente estão a reformular os seus processos de fabrico para produzir equipamentos de proteção no âmbito da COVID-19.
RODAMA, J. LISBOA e M.O.D.P., sedeadas na zona poente do concelho, preparam-se para produzir máscaras reutilizáveis de uso social (máscaras comunitárias). A FORMA TAREFA, sedeada na vila de Arouca, por seu lado, está-se a organizar para produzir batas, cogulas e cobre botas. As 4, em parceria, estão atualmente a efetuar testes, ensaios de máquinas e a produzir moldes e os primeiros modelos. Empregam cerca de uma centena de trabalhadores e, em virtude da pandemia, encontravam-se a atravessar dificuldades devido à diminuição drástica de encomendas (duas optaram mesmo pelo layoff total).
[Fotografia: visita da presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, do presidente da AECA -Associação Empresarial de Cambra e Arouca, Carlos Brandão, e do delegado de saúde local, Ilídio Leão, à RODAMA, uma das empresas envolvidas no processo de produção das máscaras reutilizáveis]