“Bola Mágica” arrancou no início de janeiro no polo escolar de Rossas. Esta é uma das 44 escolas do país e a única escola do distrito de Aveiro a receber este projeto-piloto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) cujo objetivo é promover a atividade física e desportiva nas crianças do 1.º ciclo do ensino básico.
O primeiro dia ficou marcado pela realização de testes físicos para avaliação e análise do desenvolvimento das crianças que vão participar na iniciativa e pela entrega do material desportivo que será utilizado.
O projeto, que vai ser implementado no horário das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) ou de Componente de Apoio à Família (CAF), consiste na oferta estruturada de sessões lúdicas de atividade física-desportiva com duração de uma hora que têm a bola como elemento fundamental, mas que não se restringem ao futebol, evitando-se, desta forma, que as crianças se especializem desde cedo numa só modalidade. Segundo a FPF, pretende-se “oferecer um programa lúdico com foco no ‘brincar’ que possibilite aumentar os níveis de atividade física e de felicidade das crianças envolvidas, respondendo assim aos baixos níveis de prática de atividade física que se verificam em Portugal”.
Estarão disponíveis sugestões de exercícios que permitam uma melhor organização das sessões práticas de atividade física e desportiva nas AEC e CAF, tendo em conta o impacto que o aumento da atividade físico-desportiva em crianças do 1º ciclo tem na suas capacidades coordenativas, felicidade e bem-estar, aptidão aeróbica, composição corporal e saúde mental.
As sessões que compõem o projeto foram pensadas por uma equipa multidisciplinar formada por três professores da FPF – André Seabra, José Guilherme Oliveira e Júlio Costa – e dois elementos externos – professor Carlos Neto e professora Susana Vale – apoiada por um Conselho Consultivo e um Conselho Multidisciplinar que integram a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Direção Geral da Saúde, a Direção Geral da Educação e a Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude.
Para analisar o impacto do projeto na saúde das crianças, estão envolvidas quinze instituições de ensino superior responsáveis por realizar testes de competência motora nos grupos piloto e controlo, antes e depois do projeto, através de uma bateria de testes chamada Motor Competence Assessment.
Para a vice-presidente e vereadora com os pelouros do desenvolvimento educativo, social e desportivo da Câmara Municipal de Arouca, Cláudia Oliveira, que acompanhou o arranque do projeto, “acreditamos que este projeto-piloto pode efetivamente fazer a diferença no bem-estar e felicidade das nossas crianças”. “Vem ainda ao encontro do preconizado na nossa Estratégia Municipal de Saúde recentemente aprovada e que advoga a promoção da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida desde tenra idade”, acrescenta a autarca.
O projeto-piloto “Bola Mágica” envolve mais de 1600 crianças de todo o país decorrendo até 31 de março. É um dos 15 programas de transformação que compõem o Plano Estratégico da FPF para 2030, denominado Futebol2030.