“Pela Freita, Arada e Montemuro – Vidas que brotam das montanhas” é o nome do primeiro espetáculo de teatro que resulta do projeto municipal “Dar + Vida à Aldeia”. É apresentado ,pela primeira vez, este domingo, 2 de junho, pelas 15h30, na aldeia de Regoufe, e conta com a participação de mais de meia centena de pessoas das freguesias de Alvarenga, Cabreiros e Albergaria da Serra, Canelas e Espiunca, Covêlo de Paivó e Janarde e Moldes. A entrada é livre.
Esta peça de teatro resulta de estórias, lendas, cantigas, tradições e jogos recolhidos junto dos habitantes daquelas cinco freguesias, na primeira fase do projeto. Essa informação deu origem a pequenos textos dramáticos que refletem as memórias comunitárias e pessoais, interligando-as com a perspetiva crítica que os habitantes estabelecem entre o passado e o presente, o tempo do minério, do leite, da floresta e da agricultura de subsistência e a era das migrações, da desertificação e do envelhecimento, mas também da valorização do mundo rural, das condições de vida, da educação e do turismo na região.
Os textos foram trabalhados pelas pessoas das comunidades e são agora apresentados num espetáculo itinerante e circular que leva o público de cena em cena, ao som da música e das cantas, modas ou cantigas das diferentes freguesias, dando ainda mais vida às comunidades das aldeias visitadas e nas quais se realizarão os restantes quatro espetáculos do primeiro ciclo do projeto “Dar + Vida à Aldeia” (ver calendarização abaixo). As comunidades, que numa primeira fase foram fonte de informação, são agora as protagonistas do espetáculo que ajudaram a preparar e que terminará com um baile comunitário.
Alvarenga, Cabreiros e Albergaria da Serra, Canelas e Espiunca, Covêlo de Paivó e Janarde e Moldes foram as primeiras cinco freguesias trabalhadas no âmbito do projeto “Dar + Vida à Aldeia”. No segundo semestre de 2024 serão trabalhadas mais cinco, ficando para 2025 as restantes seis freguesias, repetindo-se o processo: pesquisa e recolha de vivências e partilhas do património imaterial das comunidades, seguindo-se a criação, encenação, produção e montagem de espetáculos de teatro inéditos, que serão depois apresentados em palcos improváveis nas freguesias participantes.
“Com o projeto “Dar + Vida à Aldeia”, o Município de Arouca pretende promover uma programação itinerante numa lógica de cultura para todos, democratizar a arte do teatro e envolver os arouquenses na preparação de objetos artísticos, tanto na recolha de informação como na operacionalização dos espetáculos”, afirma a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém.
O investimento municipal é de 43 200€ e a dinamização está a cargo do NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto.
A ação “Dar + Vida à Aldeia” insere-se na oportunidade de financiamento “Planos de Ação das Operações Integradas em Comunidades Desfavorecidas da Área Metropolitana do Porto”, na operação “Arte e Cultura na Eira”, através do Plano de Recuperação e Resiliência (www.recuperarportugal.gov.pt).
Apresentações do espetáculo “Pela Freita, Arada e Montemuro – Vidas que brotam das montanhas”
- 2 de junho | 15h30 | Regoufe (União de Freguesias de Covêlo de Paivó e Janarde)
- 15 de junho | 17h00 | Canelas de Baixo (União de Freguesias de Canelas e Espiunca)
- 22 de junho | 17h00 | Fuste (Moldes)
- 30 de junho | 15h00 | Albergaria da Serra (União de Freguesias de Cabreiros e Albergaria da Serra)
- 27 de julho | 17h00 | Noninha (Alvarenga)