O Cor(p)o Metropolitano apresenta-se pela primeira vez ao vivo, dia 2 de outubro, pelas 21h30, na Praça Progresso, em Espinho. Um espetáculo único dedicado a mapear o território da Área Metropolitana do Porto (AMP), promovendo o sentido identitário e o sentimento de pertença a um território comum, a partir do trabalho vocal e da prática artística colaborativa. Arouca faz-se representar neste projeto com cerca de 30 pessoas oriundas do Conjunto Etnográfico de Moldes, das Cantadeiras de Adaúfe, das Cantadeiras de Souto Redondo, da Casa do Povo de Arouca e das Cantadeiras do Grupo Cultural, Recreativo e Desportivo de Santa Maria do Monte.
Um coro polifónico e intermunicipal, composto por grupos amadores dos 17 municípios da AMP que contará com cerca de 350 pessoas, com idades entre os 9 e os 90 anos. Um coro composto por diversas comunidades que através da voz provocam um olhar sobre todo este território pelos seus caminhos, da serra até ao mar.
“Entre setembro e dezembro de 2021, foram muitos os que responderam ao apelo e participaram com a AMP no desenho e na concretização de um percurso de 17 dias, feito de momentos de contemplação, de reflexão, de descoberta, de diversão, de aprendizagem e de criação irrepetíveis, uma convocatória alargada ao trabalho em rede e à fruição do território como um todo”, lembra a equipa de Coordenação MATER 17 – projeto em rede promovido pela AMP.
Foi também do MATER 17 que nasceu o Cor(p)o Metropolitano, que “é mais que um grande coro. É uma viagem ao território metropolitano, nos rostos e nas vozes dos seus intervenientes, em que a memória e a identidade dos lugares e das comunidades são celebradas com alegria e que se orgulha de ser resultado do esforço e dedicação de todos os intervenientes”, explica Eduardo Vítor Rodrigues, Presidente do Conselho Metropolitano do Porto.
Pensado para dar voz a cada município, realçando a unicidade do seu património imaterial – as suas tradições e costumes –, unificando a uma só voz toda a comunidade da AMP, o Cor(p)o Metropolitano vai apresentar nove temas originais, construídos a partir das histórias e tradições locais. Um processo de composição colaborativo desenvolvido com a participação ativa de todas as comunidades.
“O desafio de conceber um projeto que envolvesse as comunidades da AMP, em 2021, foi o mote para a criação deste Cor(p)o Metropolitano. Durante a pandemia, com ajuda dos suportes vídeo e o entusiasmo de todos os participantes, criamos 17 espetáculos únicos, em cada um dos municípios, mas o objetivo sempre foi juntá-los num mesmo palco. A ‘Canção’ Cor(p)o Metropolitano materializa esta intenção e é com muita satisfação que nos estamos a preparar para o espetáculo de dia 2 de outubro. Uma mostra do resultado deste processo de construção a muitas vozes”, refere Mauro Rodrigues, autor e coordenador do Cor(p)o Metropolitano.
A “Canção” Cor(p)o Metropolitano canta e junta, em modo de hino coletivo, os municípios que constituem a AMP: Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Paredes, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Trofa, Vale de Cambra, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
A entrada para este espetáculo, dia 2 de outubro em Espinho, é livre – sujeita à lotação do espaço – e feita por ordem de chegada.